domingo, 8 de junho de 2014

Quebec

*Bandeira de Quebec
Quebec

Quebec ou Quebeque (em francês Québec) é uma das dez províncias do Canadá. É a maior província do país, e a segunda mais populosa do Canadá, com cerca de 24% da população do país. A maior cidade do Quebec é Montreal, que é também a segunda maior do país, mas a capital da província é a Cidade de Quebec. Com a sua língua, sua cultura e suas instituições próprias, Quebec representa oficialmente uma nação dentro do Canadá .
Cerca de 80% da população do Quebec é franco-canadiana, ou seja, descendente de franceses, em contraste com as outras províncias do país, cujos habitantes são em sua maioria descendentes de ingleses ou escoceses. A forte influência francesa, presente desde os primórdios da colonização do Canadá, torna a província sensivelmente diferente do resto do país. O francês é o único idioma oficial da província. A população do Quebec é em sua maioria católica, ao contrário do resto do país, onde protestante é maioria. Outra característica francesa do Quebec é a arquitetura das cidades.

*Região de Quebec
História

Quebec é uma das dez províncias do Canadá. É a maior província do país, e a segunda mais habitada do Canadá. Cerca de 24% da população do Canadá vive nesta província. A maior cidade do Quebec é Montreal, que é também a segunda maior do país. Sua capital é a Cidade de Quebec. Com a sua língua, sua cultura e suas instituições, que representa uma nação dentro do Canadá.
Cerca de 80% da população do Quebec é descendente de franceses, em contraste com as outras províncias do país, cujos habitantes são em sua maioria descendentes de ingleses ou escoceses. A forte influência francesa, presente desde os primórdios da colonização do Canadá, torna a província sensivelmente diferente do resto do país. O francês é o único idioma oficial da província. A população de Quebec é em sua maioria católica, ao contrário do resto do país, onde protestantes são maioria. Outra característica francesa do Quebec é a arquitetura das estruturas das cidades.
Os franceses que iniciaram a colonização da região, anteriormente conhecida como Nova França, estavam interessados no comércio de peles de animais, seja através da caça ou através de contatos comerciais com nativos indígenas da região. Quebec significa "estreito" em algonquino, nome que se refere ao trecho estreito do Rio São Lourenço, na região onde fica atualmente a Cidade de Quebec. Os ingleses capturaram a capital da província em 1759, e tomaram o controle da região em 1763. A partir da década de 1950, um movimento nacionalista começou a crescer em Quebec, que culminou com a realização de duas votações, em 1980 e em 1995, pela separação do Quebec do Canadá. Em ambas as votações, a maioria da população da província votou contra a secessão.
O Quebec possui vastos recursos naturais, entre elas estão inúmeros rios e lagos, muitas florestas e atualmente, o Quebec é o maior produtor de energia elétrica do Canadá; a maior parte dessa energia é gerada em hidrelétricas e em usinas nucleares. A província produz cerca de 26% dos produtos industriais e agropecuários do Canadá. Os principais produtos são alimentos, madeira e derivados, aviões, químicos e roupas.

Conflitos

Os processos de colonização inglesa e francesa no norte da América tiveram início praticamente no mesmo momento, com a fundação da colônia inglesa de Virgínia (1607) e do pequeno núcleo de Quebec (1608). No entanto, a estrutura política e social dessas áreas coloniais era bem diferente.
Na parte inglesa, havia treze colônias, marcadas por profundas diferenças socioeconômicas. Os núcleos nortistas, muitos deles estabelecidos por dissidentes religiosos - Puritanos -, estavam pontilhados de indústrias e pequenas propriedades rurais familiares, e utilizavam basicamente mão de obra livre. Já as colônias sulistas dispunham de ricas plantações de fumo, algodão e outros produtos de exportação, cultivados com o braço escravo.
Na Nova França predominavam funcionários civis e militares e aventureiros, que habitavam a região onde hoje está a província canadense de Quebec e transitavam por uma tênue ligação, ao longo do Mississipi e de outros rios, com o grande porto francês de Nova Orleans, fundado no golfo do México em 1718. Não havia, na América francesa, nem a massa de escravos nem os núcleos de produtores livres que asseguravam o dinamismo econômico da parte inglesa. O resultado era uma enorme disparidade populacional: em 1753, enquanto as Treze Colônias contavam com 1,3 milhões de habitantes, a parcela francesa contava com apenas 50 mil indivíduos.
A relação entre franceses e britânicos era marcada por conflitos frequentes, que tinham como motivação tanto disputas ocorridas dentro da Europa quanto choques de interesses nas colônias. Um dos principais embates da época foi a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), que opôs os britânicos e seus aliados ao bloco austro-francês. Os combates se sucederam na Europa, na Ásia e na América.
No norte do continente americano, a guerra resultou no fim da soberania francesa no território de Quebec e Montreal, conquistados pelos ingleses em 1759 e 1760. Três anos depois, ao assinarem, em Paris, o tratado de paz, França e Inglaterra mantiveram a região sob comando inglês.
A partir desse momento, os canadenses de origem francesa intensificaram sua resistência cultural, como forma de manter vivos seus costumes e raízes. Para evitar novos conflitos, os britânicos se dispuseram a realizar uma série de concessões e aprovaram, em 1774, o Ato de Quebec - que reconhecia os direitos civis dos cidadãos de origem francesa e garantia liberdade religiosa e linguística.
Uma mudança importante viria em 1791, com a lei que dividiu o Canadá francês e formou as colônias do Canadá Superior e Inferior - atualmente as províncias de Ontário e Quebec. A independência canadense veio em 1867.

Demografia

Dado a imensa extensão territorial de Quebec, a densidade demográfica da província é baixa — apenas 5,43 habitantes por km². Mais de 85% da população de Quebec vive em cidades ou em vilas.
O Quebec possui uma baixa taxa de fertilidade — apenas 1,48 filhos por mulher em média, bem abaixo da média de 2,1 para a manutenção da população (isto é, para manter a população da dada região estável, sem declínio), e uma das mais baixas do mundo. Isso contrasta com a situação dos anos 1960, onde a província possuía as maiores taxas de fertilidade entre os países desenvolvidos.

Dados gerais

·         População: A estimativa mais recente, de 1 de abril de 2004, estima a população de Quebec em 7 509 928 habitantes.
·         Crescimento anual: 0,64% (2003).
·         Taxa de natalidade: 9,8 por mil (2003).
·         Taxa de fertilidade: 1,48% (2003).
·         Taxa de mortalidade: 7,4 por mil (2003).
·         Migração (Imigrantes — emigrantes): 4,1% (2003).
·         Taxa de mortalidade infantil: 4,6% (2001).
·         Expectativa de vida: 76,3 anos para homens e 81,9 anos para mulheres (2002).
·         Taxa de urbanização: 80,4% (2001)

Idiomas

·         Francófonos: 81,2%
·         Anglófonos: 8%
·         Bilíngues (ambos o francês e o inglês como idiomas maternos): 0,8%
·         Alófonos (outro idioma como idioma materno): 10%
·         Italiano: 6,2%
·         Espanhol: 2,9%
·         Árabe: 2,5%

Religião

Percentagem da população do Quebec por afiliação religiosa:

·         Cristianismo – 90,2%
·         Igreja Católica Romana – 83,3%
·         Protestantes – 4,7%
·         Outras afiliações cristãs – 2,2%
·         Islâmicos – 1,5%
·         Judeus – 1,2%
·         Outras religiões, ou sem afiliação religiosa – 7,1%

Raças e etnias

·         91,9% Brancos
·         2,1% Afro-canadenses
·         1,8% Nativos americanos
·         4,2% Outras raças
·         Composição étnica da população do Quebec:
·         Canadenses 68,7%
·         Franceses 29,6%
·         Irlandeses 4,1%
·         Italianos 3,5%
·         Britânicos 3,1%
·         Escoceses 2,2%
·         Nativos americanos 1,8%
·         Quebequenses 1,3%
·         Alemães 1,2%
·         Judeus 1,2%
·         Haitianos 1,0%

Franco-canadianos, ou seja, descendendes diretos de franceses, compõem cerca de 80% da população do Quebec. Outros 9% da população da província são descendentes diretos de ingleses. Grupos étnicos minoritários incluem irlandeses, escoceses, italianos, ingleses, portugueses, chineses, árabes e indianos.

Clima


*As Cataratas de Montmorency.


Os invernos do Quebec são frios e longos. No norte da província, a temperatura média no inverno é de -­22 °C, e no verão, de 11 °C. No sul do Quebec, a temperatura média no inverno é de ­-14 °C, e no verão, de 20 °C. 
As taxas de precipitação média anual de chuva variam entre 36 e 80 cm no norte da província, a 92 a 105 cm no sul. As taxas de precipitação média anual de neve no Quebec é de 69 a 164 cm no sul da província, e de 215 e 415 cm no norte.

Cultura

Os quebequenses, um povo que também vive em minoria no resto do Canadá e no norte dos Estados Unidos, consideram o Quebec sua terra natal. Os quebequenses são a maior população francófona das Américas. Os laços históricos e culturais com a França fazem com que muitos considerem o Quebec seja diferente do restante do Canadá.
O padroeiro da província é São João Batista. A Saint-Jean-Baptiste é realizada todo ano em 24 de junho, e é considerada o Dia Nacional de Quebec, oficialmente, chamado de Fête nationale du Québec (Feriado nacional do Quebeque) desde 1977. A música Gens du pays, escrita e composta por Gilles Vigneault, é muitas vezes vista como o hino não-oficial da província.

O Quebec é por vezes chamado de La Belle Province, que significa em português "A Bela Província". Até o fim da década de 1970, esta frase era mostrada nas placas de licenças de veículos em geral. Desde então, a frase foi substituída pelo lema oficial da província, Je me souviens, que significa "Eu me lembro". Um debate comum na cultura popular, tanto entre os canadenses anglófonos quanto para os francófonos, é sobre o que é que está a ser lembrado.

Curdos

Bandeira Curdistã
Curdos

*Região do Curdistão
Os Curdos são um grupo étnico que se considera como nativo da região curdistã que inclui partes adjacentes de Irã, Iraque, Síria, Turquia, Armênia e Geórgia, devido ao tempo decorrido na história da região desde o século VI a.C. existem muitas outras origens étnicas incertas.
A região Curdistã inclui partes adjacentes de Irã, Iraque, Síria, Turquia, Armênia e Geórgia. Etnicamente aparentados com outros povos iraquianos, eles falam curdo, uma língua indo-europeia do ramo iraquiano.
A População do Curdistão: (Turquia, Irão, Iraque, Síria e Armênia)
possui cerca de 27 a 36 milhões de pessoas.

*Região montanhosa no noroeste do iraque
História

Os curdos são descendentes de todos aqueles que se tenham historicamente fixado no Curdistão. Os hurritas habitaram as regiões do atual Curdistão (na Mesopotânia) de 4000 a.C até 600 a.C. Os hurritas falavam uma língua que pertencia possivelmente à família de línguas caucasianas do nordeste, aparentada ao moderno checheno e ao lezguiano. Os hurritas se espalharam e por fim dominaram territórios significativos fora de sua base nos montes Zagros-Taurus. No entanto, como os curdos, eles não se expandiram muito além das montanhas, os hurritas se dividiram em vários clãs e subgrupos, fundando cidades-estados, reinos e impérios com epônimos dos nomes dos clãs. Esses clãs incluíam os gutas, kurti, khaldi, mushku, minni, lullubi e os cassitas entre outros. Todas essas tribos eram parte de um grande grupo de hurritas, e juntos ajudaram a formar a fase hurrita da história curda.
Do segundo ao primeiro milênio antes de Cristo um grande número de povos se juntou aos hurritas. Entre as tribos indo-europeias importantes que se estabeleceram nas montanhas curdas estão os medos(origem ariana), os citas(origem iraquiana) e os sármatas( origem iraquiana) cujos nomes ainda estão preservados em alguns nomes de lugares por todo o Curdistão.
Assume-se que sua língua original foi influenciada e gradualmente substituída pelo iraniano do noroeste, com a chegada dos medos ao Curdistão.

Conflitos

·      No Iraque
Durante a guerra Irã-Iraque na década de 1980, o regime implementou políticas anticurdos e uma guerra civil de facto eclodiu. O Iraque foi amplamente condenado pela comunidade internacional, mas nunca foi seriamente punido pelos meios opressivos que utilizou tais como assassinato em massa de centenas de milhares de civis, a destruição generalizada de milhares de aldeias e a deportação de milhares de curdos para o sul e o centro do Iraque. A campanha do governo iraquiano contra os curdos em 1988 foi chamada Anfal ("Pilhagem de Guerra"). Os ataques Anfal levaram à destruição duas mil aldeias e entre 50 e 100 mil curdos foram mortos.
·      Na Turquia
De 1915 a 1918, os curdos lutaram pelo fim do domínio otomano sobre sua região. Eles foram encorajados pelo apoio de Woodrow Wilson às nacionalidades não turcas do império e submeteram sua reivindicação por independência na Conferência de Paz de Paris de 1919. O Tratado de Sèvres determinou a criação de um estado autônomo curdo em 1920, mas o subsequente Tratado de Lausanne de 1923 não mencionou os curdos. Em 1925 e 1930 revoltas curdas foram suprimidas através do uso da força.
·      No Irã
Nos anos recentes, lutas intensas ocorreram entre os curdos e o estado iraniano entre 1979 e 1982. Em agosto de 1979, Ruhollah Khomeini declarou uma "guerra santa" contra os curdos. Uma fotografia de um pelotão de fuzilamento da Guarda Revolucionária executando prisioneiros curdos próximo a Sanandaj ganhou fama internacional e venceu o Prêmio Pulitzer em 1980. O Corpo de Guarda da Revolução Islâmica atacou as regiões curdas para restabelecer o controle do governo iraniano; como resultado, cerca de dez mil curdos foram mortos. Desde 1983, o governo iraniano mantém o controle sobre todas as áreas habitadas pelos curdos. Intranquilidade frequente e tomadas de posições militares têm ocorrido desde a década de 1990.
·       Na Síria
As técnicas usadas para suprimir a identidade étnica dos curdos na Síria incluem várias proibições do uso da língua curda, recusa em registrar crianças com nomes curdos, substituição de nomes de lugares curdos com novos nomes em árabe, proibição de negócios que não tenham nomes árabes, proibição de escolas privadas curdas e proibição de livros e outros materiais escritos em curdo. Com o direito à nacionalidade síria negado, cerca de trezentos mil curdos são privados de quaisquer direitos sociais, violando-se assim as leis internacionais. Como consequência, estes curdos estão efetivamente de mãos atadas dentro da Síria. Em fevereiro de 2006, no entanto, fontes relataramque a Síria então estava planejando conceder cidadania a estes curdos.
Em 12 de março de 2004, em um estádio em Qamishli (cidade majoritariamente curda no nordeste da Síria), eclodiram confrontos entre curdos e sírios que duraram vários dias. Pelo menos trinta pessoas foram mortas e mais de cento e sessenta feridas. O distúrbio se espalhou para outras cidades curdas ao longo da fronteira com a Turquia, e em seguida para Damasco e Alepo.
·       Na Armênia
Entre as décadas de 1930 e 1980, a Armênia fez parte da União Soviética e os curdos, como outros grupos étnicos, tinham o status de minoria protegida. Aos curdos armênios era permitido ter seu próprio jornal patrocinado pelo estado, transmissões de rádio e eventos culturais.
Durante o conflito em Nagorno-Karabakh, muitos curdos não-yazidis foram forçados a deixar suas casas. Com o fim da União Soviética, os curdos na Armênia foram alijados de seus privilégios culturais e a maioria fugiu para a Rússia ou para a Europa Ocidental.
·       No Azerbaijão
Em 1920, as duas áreas habitadas por curdos de Jewanchir (capital Kalbajar) e Zangazur oriental (capital Lachin) foram reunidas para formar o Curdistão Vermelho (Kurdistan Uyezd). O período de existência da unidade administrativa curda foi breve e não durou após 1929. Os curdos subseqüentemente enfrentaram muitas medidas repressivas, inclusive deportações. Como resultado do conflito em Nagorno-Karabakh, muitas regiões curdas foram destruídas e mais de 150.000 curdos foram deportados desde 1988.

Religião

O Iazdânismo se refere a um grupo de religiões monoteístas praticadas entre os curdos: o Alevismo, o Iarsanismo e o Iazidismo. O principal elemento nas religiões iazdânis é a crença em sete entidades angélicas que protegem o mundo, e por isso estas tradições são chamadas de Culto dos Anjos. A religião original dos curdos era o Iazidismo, uma religião muito influenciada pelas crenças judaica, zoroastriana, cristã e islâmica.
Atualmente, a maioria dos curdos é oficialmente muçulmana, pertencendo à escola Shafi'i do Islamismo sunita.
Práticas místicas e participações em ordens sufistas estão também disseminadas entre os curdos. Há também uma minoria curda que é xiita, vivendo principalmente nas províncias iranianas de Ilam e Kermanshah e no Iraque central (curdos faili). Os alevitas são outra minoria religiosa entre os curdos, encontrados principalmente na Turquia.

Cultura

A cultura curda é o legado de vários povos antigos que moldaram os modernos curdos e sua sociedade, principalmente de três povos: os hurritas nativos, os iranianos antigos (medos) e os muçulmanos.
A cultura curda é muito próxima daquelas dos povos iranianos; os curdos, por exemplo, também celebram o Noruz (21 de Março) como Dia de Ano Novo.
Os filmes curdos principalmente evocam a pobreza e a falta de direitos do povo curdo na região. Yılmaz Güney (Yol) e Bahman Qubadi (A Time for Drunken Horses,Turtles Can Fly) estão entre os mais conhecidos diretores curdos.